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Concreto Convencional

REFERÊNCIAS

COSTA, Mirian de Almeida- Cura do Concreto; 

MÉLO, Mauro- Fabricação do Concreto; 

SANTOS, Sílvia- Concreto com sustentabilidade; 

<http://www.ebah.com.br/content>:Propriedades do concreto no estado fresco e endurecido 

<http://construcaocivilpet.wordpress.com>: O Concreto como material construtivo: Da origem às novas tecnologias 

GUEDES, Milber. Caderno de Encargos. PINI: 4ª edição. 2004. 

PORTAL DO CONCRETO. Disponível em: <http://www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/concretos.html> Acesso em: 17/10/2015 

Laboratório de Design e Seleção de Materiais. UFRGS. Disponível em: <http://www.ndsm.ufrgs.br/> Acesso em: 17/10/2015 

Apostila de Materiais de Construção Civil. Prof. Luiz Roberto Prudêncio Jr. UFSC, 2007. 

IBRACON. Revista Concreto e Construções. 2009. Disponível em: <http://ibracon.org.br/publicacoes/revistas_ibracon/rev_construcao/pdf/Revista_Concreto_53.pdf> Acesso em: 18/10/2015

CONCEITO

Concreto é o resultado do endurecimento do cimento, água, brita e areia, em proporção adequada. O cimento, ao ser hidratado pela água, forma uma pasta resistente e aderente aos fragmentos de agregados (brita e areia), preenchendo os vazios e conferindo resistência ao bloco monolítico. Pode haver a adição de aditivos, fibras e outros elementos na mistura do concreto.

CARACTERÍSTICAS

  • Trabalhabilidade: é a aptidão para ser empregado para um determinado fim sem perder a homogeneidade. 

  • Resiste bem à compressão; 

  • Resiste mal à tração; 

  • Resiste mal ao cisalhamento; 

  • Plasticidade: capacidade de variação de volume no estado fresco; 

  • Concretos feitos com britas de menor diâmetro geram concretos mais resistentes; 

  • O concreto é poroso; 

  • Permite o uso de diferentes aditivos: plastificantes, superplastificantes, retardadores de pega, aceleradores de pega, incorporadores de ar, entre outros. 

  • É um material durável; 

  • Resiste bem ao desgaste; 

  • Resiste bem à água.

HISTÓRIA

A história do concreto deve ser remetida à do cimento, seu principal componente e que produz a reação química de formação da pasta aderente, a qual torna o concreto tão eficiente.  

No Egito Antigo e na Mesopotâmia iniciou-se o uso de uma argamassa feita com cal e gipsita, os quais eram dois aglomerantes que endureciam com a hidratação, porém não tinham boa resistência à água. Durante o Império Romano, descobriu-se que adicionando as pozolanas (cinzas vulcânicas do Vesúvio), obtia-se uma cal que endurecia sob a água. Este foi o material utilizado pelos Romanos para construção de obras monumentais, como o Panteão Romano e o Coliseu. A técnica de construir com o concreto permitiu a execução de estruturas abobadadas, devido à sua plasticidade e capacidade de modelagem. 

Posteriormente, um estudo sobre o concreto romano foi desenvolvido por John Smeaton com o objetivo de encontrar um aglomerante para construir o farol de Eddystone, na Inglaterra, em 1756. Já James Parker descobriu em 1791 e patenteou em 1796 um cimento com o nome de Cimento Romano, composto por sedimentos de rochas da ilha de Sheppel.  

O cimento ganha destaque com as pesquisas e publicações feitas pelo engenheiro francês Louis José Vicat em 1818, nas quais ele afirmava que as propriedades cimentícias dependiam da proporção dos componentes das misturas. 

O cimento Portland surgiu da queima de calcário e argila, moídos em partículas finas e misturados sob altas temperaturas, promovida pelo inglês Joseph Aspdin, em 1824. 

 

CLASSIFICAÇÃO

A NBR 8953:1992 classifica os concretos por grupo de resistência I e II, respectivamente, até 50MPa de resistência característica à compressão ou a partir de 55 Mpa. Cada grupo é subdividido em classes designadas pela letra C (de Concreto) e um número indicativo de resistência em Mpa. 

Ex: 

C30 = Classe de um concreto com resistência característica de 30 Mpa. 

As classes do grupo I vão de C10 a C50, de 5 em 5 Mpa. 

As classes do grupo II vão de C55, C60, C70 e C80.

 

FABRICAÇÃO

As fases da produção do concreto são: 

  1. Mistura dos componentes 

  2. Transporte 

  3. Lançamento 

  4. Adensamento 

  5. Cura 

PROPRIEDADES FÍSICAS

  • Boa resistência ao fogo; 

  • Deformação é plástica (não volta a ser o que era antes de deformar) 

  • Consistência: é função da quantidade de água adicionada ao concreto ou da presença de alguns aditivos, que deixam a massa mais “dura” ou “mole”; 

  • Coesão: é a capacidade do concreto em manter sua homogeneidade durante o processo de adensamento; 

  • Exsudação: forma de segregação, em que a água da mistura tende a elevar-se à superfície do concreto recentemente lançado. O topo da camada do concreto torna-se muito úmido; 

  • Densidade concretos não armados = 2,3mg/m3. 

  • Densidade concretos armados = 2,5 mg/m3. 

  • A composição química do cimento influencia na resistência do concreto: adição de escórias e pozolanas influenciam na resistência; 

  • Partículas mais finas na composição aumentam as resistências iniciais dos concretos.

PROPRIEDADES MECÂNICAS

  • Dureza = 60 a 90 Mpa 

  • Módulo de Cisalhamento = 10 a 14 Gpa 

  • Módulo de Elasticidade = 25 a 32 Mpa 

  • Ductilidade = 0,01% a 0,02% 

  • Tensão de compressão = 20 a 60 Mpa (Resiste bem à compressão); 

  • Tensão de ruptura por tração = 2 a 4 Mpa (Resiste mal à tração); 

  • Quanto maior o número de vazios, menos será a resistência do concreto; 

  • A resistência do concreto progride com a idade; 

  • Concretos executados com britas menores, geram concretos mais resistentes; 

Os principais fatores que afetam a resistência mecânica do concreto são o fator água-cimento, a idade, a forma e graduação dos agregados, o tipo de cimento, a duração da carga, entre outros. 

 

PROPRIEDADES TÉRMICAS 

  • O concreto varia seu volume com a mudança de temperatura. Pode gerar fissuras; 

  • Ponto de fusão = 1200K a 1500K; 

  • Condutividade Térmica = 0,5 a 2 W/m.K; 

  • Calor latente = não se aplica; 

  • Execução de juntas de dilatação para absorver as deformações de origem térmica das estruturas. 

     1. MISTURA

Dá homogeneidade ao concreto, isto é, faz com que ele apresente a mesma composição em qualquer ponto de sua massa. Pode ser : 

  • Manual – quando realizada com o auxílio de pás e enxadas, em pequenas obras; 

  • Mecanizada – quando realizada com o auxílio de betoneiras; 

  • A ordem de colocação dos materiais na betoneira deve ser: 

  • Água e agregados graúdos; 

  • Cimento e água; 

  • Agregados miúdos; 

  • Aditivos.

 

          

 

      2. TRANSPORTE

Depois de misturado, o concreto será transportado para o local de aplicação, através de carrinho de mão, caminhão betoneira, guincho, grua, ou outras formas. No transporte, o concreto está sujeito a uma série de situações, podendo hidratar o cimento, evaporar, absorver água, triturar, perder a eficiência do aditivo pela demora, entre outros, por isso o transporte deve ser rápido até o local de lançamento.

 

          

 

      3. LANÇAMENTO

É a colocação do concreto no local de aplicação, em geral, nas formas. Seus componentes não devem se separar no decorrer da aplicação. As formas de madeira devem ser molhadas para não retirar água do concreto. Deve ser lançado logo após a mistura, não exceder mais que 2 horas. Caso isso aconteça, utilizar retardadores de pega e endurecimento. A altura de queda livre do concreto não deve ultrapassar 2 metros para concretos comuns, para evitar a segregação da mistura.

 

          

 

       4. ADENSAMENTO

  • O adensamento é feito com o uso de um vibrador.

  • Pela constituição do concreto armado (com armaduras de ferro em seu interior), há chances de ficarem “vazios” na estrutura, chamadas de falhas de concretagem. Quanto maiores os vazios, menores as resistências.

  • Deve-se vibrar por períodos curtos, e em pontos não muito distantes.

  • Evitar vibrar as formas e as armaduras.

 

          

 

       5. CURA

A cura é a fase de secagem do concreto. Se não for feita de modo correto, este não terá a resistência e a durabilidade desejadas. É um conjunto de medidas com a finalidade de evitar a evaporação prematura da água da hidratação do cimento, que rege a pega e o endurecimento da mistura após lançada e adensada.

Pode ser feita através da irrigação de água sobre a superfície concretada, através do uso de lonas que impeçam a saída de água da massa de concreto, através da impermeabilização com parafinas, entre outros.

 

          

 

USOS

O concreto é um material bastante utilizado nos dias atuais. Um artigo publicado em 1964 pela revista “Scientic American” estimava a produção mundial de concreto da ordem de 3 bilhões de toneladas, ou seja, uma tonelada por ser humano vivo. Em publicação mais recente estimou-se em 15,6 bilhões de toneladas a quantidade de concreto produzida pela humanidade, no ano de 1997, demonstrando seu potencial de uso a nível mundial.

 

ALGUMAS DE SUAS APLICAÇÕES:

  • Estruturas de casas e edifícios

  • Estruturas de pontes e viadutos;

  • Obras em concreto protendido;

 

          

 

  • Obras marítimas;

  • Obras hidráulicas;

  • Pisos de alta resistência

 

  • Pisos de rodovias;

  • Recuperação de estruturas;

  • Pré-moldados.

DESCARTE

Por se tratar de um material misto, é complicado tratar da separação de seus agregados. Quando as edificações são demolidas resulta em um elevado descarte de resíduos de concreto. Assim como inúmeros outros materiais empregados na construção civil, seus resíduos devem ser encaminhados à reciclagem ou para aterros específicos.

Os resíduos do concreto que são reciclados são usados basicamente na pavimentação, contenção de encostas, canalização de córregos... Para tanto, o concreto deve ser triturado ou moído para tornar-se agregado graúdo ou miúdo.

No Brasil, algumas empresas já trabalham com um reciclador móvel cuja função é moer os resíduos de demolição. O resultado da reciclagem é um material que pode, em muitos casos, cumprir as funções da brita, sendo reutilizado na própria obra para aterros, reforço de sub-leito e construção de sub-base de pavimentação, argamassas e tijolos prensados.

 

          

 

IMPACTO AMBIENTAL

A indústria da construção civil e, em particular, a indústria concreteira, parecem encontrar-se em um estágio atrasado de sustentabilidade.

O processo de produção de concreto é um dos maiores consumidores de matéria-prima virgem, como areia, brita e água, gerando significativo impacto ambiental. Todavia, reside na produção do cimento Portland, ingrediente indispensável ao concreto, o maior impacto.

O cimento, cujo consumo aproxima-se a 2 bilhões de toneladas por ano, sozinho, gera grande volume de extrações de rochas e movimentação de terra.

Esse panorama de “vilão ambiental” tem sido encarado de forma séria por pesquisadores no mundo. Sabe-se que o concreto é capaz de absorver, na forma de material constituinte, uma série de resíduos oriundos da indústria e da agricultura, colaborando diretamente para a recuperação e minimização de impacto ambiental de outros segmentos da produção e, indiretamente, proporcionar uma redução de poluição gerada em seu próprio processo produtivo.

 

          

 

FORNECEDORES

 

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