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Estaca Raiz

NORMAS TÉCNICAS DE REFERÊNCIA:

ABNT NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto;

ABNT NBR 6122 – Projeto e execução de fundações;

ABNT NBR 8953 – Concreto para fins estruturais – Classificação por grupos de resistência;

ABNT NBR 12654 – Controle tecnológico de materiais componentes do concreto – Procedimento;

ABNT NBR 12655 – Concreto – Preparo, controle e recebimento – Procedimento;

ABNT NBR 14931 – Execução de estruturas de concreto – Procedimento;

ABNT NBR 7212 – Execução de concreto dosado em central;

OUTRAS REFERÊNCIAS:

BARROS, Márcia. Apostila de Fundações, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo -

    Departamento de Engenharia de Construção Civil. 2003.

LIBRELOTTO, Lisiane Ilha. Apostila de Tecnologia das Edificações II, Universidade Federal de

   Santa Catarina – Departamento de Arquitetura e Urbanismo. 2010.

Estacas moldadas in loco. Revista Téchne, edição 83. Editora Pini, São Paulo, Fevereiro de 2004

CONCEITO

É uma estaca de  pequeno diâmetro concretada “in loco”, cuja perfuração é realizada por rotação ou roto-percussão (no caso de rochas), em direção vertical ou inclinada. Utilizada para reforço de fundações, fundações de obras normais e estabilização de taludes. Possui elevada capacidade de carga baseada na resistência por atrito gerada pelo terreno, é indicada para locais com difícil acesso.

 

PROPRIEDADES 

  1. A composição e a consistência do aglomerado que são utilizados na fabricação da argamassa, a armação longitudinal, o processo de perfuração e o emprego de ar comprimido na concretagem, em conjunto, concorrem para conferir à estaca uma adequada resistência estrutural e ótima aderência ao terreno, o que garante uma elevada capacidade de carga (BRITO, 1987).

  2. Esse tipo e estaca precisa de equipamentos de dimensões pequenas, por isso são uma boa solução para espaços pequenos e encostas íngremes, onde seja difícil a instalação de bate-estacas tradicionais. Sua perfuração causa mínima perturbação no ambiente circundante.

  3. A estaca Raiz pode ser utilizada nos seguintes casos:

    -Quando são expressivos os esforços horizontais transmitidos pela estrutura às estacas de fundação (muros de arrimo, pontes, carga de vento, etc.);

    -Quando existe esforço de tração a solicitar o topo das estacas (ancoragem de lajes de subpressão, pontes rolantes, torres de linha, etc.).

    -Em áreas de dimensões reduzidas;

    -Em locais de difícil acesso;

    -Em solos com presença de matacões, tochas ou concreto;

    -Em solos onde existem “cavernas” ou “vazios”;

    -Em reforços de fundações;

    -Para contenção lateral de escavações;

    -Em locais onde haja necessidade de ausência de ruídos ou de vibrações;

CUIDADOS GERAIS NA CONSTRUÇÃO

  • Locação do centro das estacas;

  • Profundidade de perfuração;

  • Verticalidade do tubo de revestimento;

  • Retirada da terra escavada;

  • Armação das estacas;

  • Retirada do tubo de revestimento;

  • Emprego de ar comprimido.

MATERIAIS

  • Concreto (cimento, brita, areia, água, aditivos);

  • Aço para armadura;

  • Lama bentonítica.

PROCESSO EXECUTIVO/TÉCNICA EXECUTIVA

  1. A perfuração ocorre com presença de água ou ar comprimido por meio de ferramentas que podem atravessar terrenos de qualquer natureza, inclusive rochas, alvenaria e concreto armado, solidarizando-se às estruturas atravessadas;

  2. A perfuração é feita com um tubo de revestimento munido na extremidade de uma coroa de perfuração adequada às características do terreno;

  3. O material escavado é eliminado continuamente por água, lama ou ar comprimido, introduzido por dentro do tubo. Esse fluido juntamente com o solo, sobe pelo espaço entre o tubo e o terreno escavado, permitindo a lubrificação da coluna e facilitando a perfuração;

  4. Com a perfuração até a cota da estaca, a armadura é colocada e lança-se a argamassa de baixo para cima com auxílio de um tubo de concretagem;

  5. Com o lançamento da argamassa no fundo, a água ou lama utilizada vai sendo empurrada para cima até sua completa expulsão e completo lançamento da argamassa;

  6. Durante a concretagem o tubo de revestimento é retirado ao mesmo tempo em que se aplica pressão na argamassa já lançada através de ar comprimido. Essa operação é repetida várias vezes, até total execução da estaca. Devido a esse processo, as estacas apresentam o fuste com rugosidades e expansões, e tende a aumentar o diâmetro quando atravessa horizontes de menor resistência. Isso proporciona uma ótima resistência por atrito lateral.

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